Há anos que temos alertado, o poder político para o problema da violência nos jogos de futebol e tudo o que está associado a esta problemática. Ninguém quis saber. Quantas vezes se fizeram detenções por insultos ou até por tentativa de agressão e o resultado era até de crítica por parte das entidades responsáveis, assumindo que os agentes deviam compreender que em ambiente de jogo aquelas atitudes eram normais. Tudo era desvalorizado ou legitimado por ser naquele ambiente futebolístico.
ercebemos que, neste contexto, o bom senso deve prevalecer, mas há limites. Quantos crimes foram detectados e que resultaram em simples contra-ordenações? Foram vários e sempre por ser num jogo de futebol.
Só hoje é que alguns despertaram para a realidade.
Nunca ninguém achou estranho que a quantidade de polícias que fazem parte do dispositivo de segurança a um jogo de futebol, mais de meio milhar, seja quase igual ao de um cenário onde se suspeita de acto terrorista?
Apesar dos alertas, até públicos, tivemos sempre a mesma resposta. Ou eram ignorados ou eram interpretados como exagerados. Até hoje. Hoje sim, ouviram o Marega.
É esta postura do poder político que em nada abona em nome daqueles que tem a responsabilidade de conduzir os destinos do País
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã