Domingo de Páscoa, num ponto de controlo da circulação automóvel um colega que tinha já várias horas de trabalho, visivelmente cansado e que
tinha sido chamado a trabalhar no seu dia de folga uns dias antes, dizia que depois desta pandemia tudo iria ser diferente.
Que os profissionais de saúde, da proteção civil, dos bombeiros e das forças seguranças iriam ser mais valorizados pela sociedade em geral e pelos governos em particular e perguntava-me se partilhava da mesma opinião.
De facto temos de manter os níveis de otimismo em alta, mas os exemplos que temos não são animadores.
Ainda há dois meses a atribuição do suplemento de risco aos polícias foi rejeitado no parlamento ou recentemente a devolução dos valores cortados ilegalmente nos suplementos foi protelada sem data confirmada.
Esperemos que depois desta resposta abnegada dos polícias, durante esta pandemia, o nosso poder político não tenha memória curta e tenha em consideração o esforço que estes profissionais tem feito e continuarão a fazer para que todos possamos dizer que Portugal é, também nesta situação, um exemplo.
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã