Crónica Correio da Manhã
Meias vacinas…
No contexto da pandemia, ficou evidente a importância de alguns setores da sociedade, tendo em conta a missão e o serviço que desempenham.
Num desses setores estão os Polícias, uma vez que ficaram com a responsabilidade de dar cumprimento às fiscalizações e policiamentos, na manutenção do distanciamento físico das pessoas, proibição de ajuntamentos, controlo de uso de máscara, aplicação das regras de confinamento, cercos sanitários, regulação das atividades económicas que atropelavam a legislação vigente, entre muitas outras tarefas.
Durante um período considerável, os polícias perderam o seu direito de gozo de férias e muitos dos que se encontravam em serviços de apoio, foram chamados à “rua” para reforço operacional.
A PSP foi no início do processo de vacinação, contemplada apenas com 50% das vacinas, obrigando a que fosse feito um desenho de prioridades, dentro de um grupo prioritário, contudo, todos foram chamados ao combate, mas só alguns foram vacinados. Depois do combate à pandemia, surgiram as cimeiras, os eventos, os jogos de futebol e muitos polícias a “alinhar”, mas por vacinar…
Ou seja, o processo de vacinação na PSP começou mal, ainda assim, eis que, do nada, tudo parou… os que foram vacinados, foram, os restantes deixaram de ser prioritários, dentro do “tal” grupo prioritário, ficando cada polícia de agendar a sua vacina através do SNS, pelo critério de idade.
Quem decidiu alterar tudo? não sabemos, mas o “Ministro” ficou de perguntar ao “Coordenador”!
Conclusão, os polícias que ainda não foram vacinados, continuam apenas com a prioridade nos deveres e nas exigências, quanto ao resto… “a tropa manda desenrascar”…
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã