Finanças a zero…

No dia 2 de junho, a 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 realizou uma concentração frente ao Ministério da Administração Interna, com o propósito de demonstrar a insatisfação dos Polícias, face à forma como o Governo tem gerido a questão da pré-aposentação.

Fomos recebidos nesta iniciativa por elementos do gabinete do Ministro, onde fomos também informados que da parte do MAI a questão estaria resolvida e que o Ministério das Finanças teria a última palavra.

Resposta pouco satisfatória, dado que o Governo é só um e os Polícias estão sob a alçada do MAI e esperam que o seu Ministro tenha o peso político suficiente para resolver os assuntos e não os empurrar para o lado.

Também relativamente à negociação da atribuição do Suplemento de Risco aos Polícias, após algumas reuniões com o Governo, percebe-se claramente que há dificuldades, no que diz respeito à verba a cativar para esse suplemento, o que se traduz na ausência de qualquer proposta concreta, a sete dias do prazo definido.

A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 regista o esforço de todas as partes no processo negocial e regista ainda o quão evidente e consensual ficou o desenho do suplemento de risco pretendido pelos Polícias, ou seja, de aplicação universal, a 14 meses, de proteção social e com perspetiva evolutiva na sua valorização.

Nestes dois assuntos percebe-se, por um lado, a justiça da compensação pelo risco, assim como, a injustiça pela forma como o Governo está a tratar a pré-aposentação na PSP, mas têm um denominador comum, as “finanças como obstáculo”.

O Governo tem de decidir se quer manter a estabilidade nas Polícias ou dar espaço à instabilidade. Se optar por manter a estabilidade tem de efetivamente resolver os problemas que assolam os Polícias e valorizar o papel dos Sindicatos e das suas reivindicações.

Se assim não acontecer, não percebeu nada.

#ParaNossaDefesa

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã

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