Com a recente emanação do Despacho Governamental da Pré-Aposentação, será importante que a sua operacionalização não seja perturbada por visões erradas e opções prejudiciais para os polícias, desde logo, porque estes têm sido maltratados pelo Governo, não esperam ser certamente maltratados por outros atores.
Não basta cumprir o limite de idade, cumpra-se também os demais requisitos que definem a situação de pré-aposentação e coloque-se a tónica na necessidade de acautelar concursos e cursos com maior regularidade, para que o estatuto profissional seja respeitado também nesta matéria e exista o respeito por quem pretende sair e exista espaço para o rejuvenescimento da PSP.
Sobre a reunião que se irá realizar a propósito do suplemento de risco para os Polícias, será também importante que o Governo reformule a sua proposta pela compensação pelo risco na PSP, de forma a ir ao encontro do necessário, das expectativas dos polícias e do equilíbrio na PSP. Para tal, é importante acautelar a universalidade da sua atribuição, a sua componente de proteção social e a valorização progressiva e firmar um compromisso sério que dignifique os profissionais.
Temos ainda a necessária alteração às tabelas remuneratórias, algo que é imperativo, para que a dignificação da carreira permita tornar a Instituição PSP apelativa e aliciante, sob pena de brevemente os candidatos não existirem e os salários na PSP ficarem cada vez mais aquém do justo e razoável.
Todas estas questões são imprescindíveis no quadro da normalização estrutural e funcional e carecem de uma interpretação e ação política que anule a revolta mais que evidente nos profissionais das Forças de Segurança.
A ASPP/PSP está como sempre esteve do lado da proposta e do contributo sério e responsável, mas não deixa de parte nunca a luta sindical pelos direitos dos polícias.
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã