Ao Presidente Marcelo!
O processo “negocial” relativo à atribuição de uma compensação pelo risco na PSP, decorreu mal e terminou muito aquém das necessidades, ficou mais manchado após as declarações públicas de representantes do governo, onde referiram que os polícias teriam um aumento nessa compensação de cem euros, quando na verdade não chega aos setenta euros, quando referiram que existiam polícias da PSP que já recebem ou vão passar a receber de suplemento das forças de segurança e risco mais do que profissionais de outras forças de segurança, quando na verdade seria importante informar de quantos polícias se trata, num universo de quase vinte mil, quando se omite as tabelas remuneratórias em vigor nas diversas polícias, com realidades salariais díspares.
Aquilo que a ASPP/PSP sabe, é que após esta “negociação”, as nossas propostas não foram sequer analisadas pelo governo, a inclusão do risco novamente num suplemento já existente apenas serviu para justificar o baixo valor que o governo pretendia atribuir, e a compensação proposta pelo governo não corresponde em nada ao risco da missão.
E sabemos ainda que as tabelas remuneratórias da PSP continuam por atualizar, quanto mais não seja para corresponderem efetivamente ao que se anuncia nas notícias sobre salários na PSP.
A ASPP/PSP esteve recentemente na Presidência da República onde solicitou ao Sr. Presidente da República uma intervenção que permita uma maior valorização pelo risco e que advirta o governo para que não ignore as suas recomendações e alertas, pois, não vai há muito tempo que o mais Alto Magistrado da Nação invocou a necessidade de rever as tabelas remuneratórias nas polícias, algo que o governo ignorou por completo.
Como tal pede-se ao Sr. Presidente que intervenha e reponha a normalidade e equilíbrio.
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã