Muito se tem falado sobre as alterações prováveis ao Estatuto Profissional da PSP, deixando os seus profissionais bastante expectantes com aquilo que, nos bastidores e sem participação dos polícias, se congemina.
Mas, se alguma coisa se tem vindo a alterar ao longo dos anos, sem que para tal seja necessária qualquer alteração estatutária, trazendo sempre largos prejuízos e frustrando a expectativa dos polícias, desacreditando o poder político, é, com toda a certeza, no capítulo das pré-aposentações, em especial no que diz respeito às saídas, seja nas autorizações devidas, na incerteza dos números e no devido esclarecimento sobre as regras procedimentais.
Invariavelmente, todos os anos os polícias em fim de carreira vivem em sobressalto, na dúvida e totalmente desamparados, tamanha a falta de informação por parte das instituições que a deveriam prestar, salvaguardando os interesses da instituição e dos seus profissionais que ao longo de dezenas de anos vestiram a camisola, literalmente, pela sua instituição e pelo Estado. Mereciam mais e melhor atenção.
Porque terão de ser os policias a arcar com as consequências das fracas decisões dos vários governos, que, com resoluções meramente economicistas, têm depauperado, envelhecido uma instituição e um país que se pretende rico nos seus recursos humanos e materiais?
Quem beneficia com a incerteza, a falta de critério, a gestão reativa e a falta de autonomia das instituições?
Para quando a estabilidade nesta, como em outras matérias como as que gravitam à volta da gestão dos recursos humanos, da carreira, da valorização remuneratória, dos apoios sociais e da saúde?
Pretendemos profissionais desmotivados, alheados, sem perspetiva de carreira, mais preocupados com a data de saída da instituição do que com a sua capacitação profissional?
Os polícias têm a oportunidade de dizer em que direção querem ir, dar voz à sua indignação, propor e decidir.
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