Recorrendo à história consegue perceber-se a criação das estruturas associativas, a sua evolução para sindicatos e ainda as alterações à Lei Sindical da PSP, assim como, percebe-se também as dificuldades com que alguns polícias se confrontaram na defesa de um projeto que abraçaram, do coletivo e democracia
Esse caminho só foi possível, e isso a história também nos ensina, porque o 25 de Abril abriu portas. E isso convém realçar e nunca esquecer.
Obviamente que, como em todos os processos, a perfeição não existe e a consagração legal do sindicato, não permitiu a plenitude da liberdade, deixando de fora o direito à greve.
Em 2023 e após todo este percurso, é importante perceber que, os polícias têm maturidade suficiente para manter a sua defesa coletiva e organizada e para assumirem a defesa pelo direito à greve.
E isso é verdadeiramente importante para, não só se combater a secundarização dos governos nos processos negociais e na ação sindical, como para, centrar a discussão no que é realmente importante, e dessa forma não permitir desvios oportunistas e populistas de propostas que passam pela participação política dos polícias, sem que o direito à greve seja ainda uma realidade… e isto sim, importante para os polícias, e nem tanto para alguns partidos políticos que insistem na instrumentalização dos polícias para fins político-partidários.
Boas Festas!
Crónicas assinadas pelo presidente da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, Paulo Santos, no jornal “Correio da Manhã”. 21.12.2022.