Todos já perceberam que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai trazer exigências aos polícias, num quadro global de problemas e dificuldades que assola a PSP.
Todos sabemos da dificuldade de comunicação da Direção da PSP e respetivos Comandos de Polícia e ainda da promessa de ajudas de custo, cujos valores subsistem numa tabela que não sofre alterações há mais de dez anos.
Todos sabemos da incapacidade de efetivos e meios da PSP que as cidades têm, para responder às solicitações, e que na JMJ vai agravar-se, inclusive o trabalho dos polícias.
Mas também deveríamos saber que a ação sindical tem de ser acompanhada de seriedade, responsabilidade e credibilidade.
E neste sentido, apelar a compensações aos polícias que vão em diligência para a JMJ, e apelar a compensações igualmente aos que não vão, não é só populismo, como falta de credibilidade.
Que dividam erradamente os polícias, que têm apenas uma condição (policial), por “castas”, com falsas promessas, ou para responder a egos ou frustrações, ou até que atuem em constante ziguezague, de ir e depois desvincular-se, ou não querer ir e depois apoiar, já é mau, fazer apelos levianos, não só descredibiliza a luta, como deveria envergonhar quem o faz.
No mínimo credibilizem a luta.
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, no jornal “Correio da Manhã”. 04. 07. 2023.