A ASPP/PSP (Associação Sindical dos Profissionais da Polícia), em reação às declarações do MAI, à margem das Comemorações do 156. ° Aniversário da PSP, vem afirmar o seguinte:
Denota-se nervosismo e insegurança no Ministro da Administração Interna face aos anúncios de lutas agendadas no período da JMJ, o que contrasta com a sua habitual serenidade.
As afirmações do MAI sobre o estado atual da PSP e sobre as legítimas reivindicações colocadas pela ASPP/PSP são infelizes.
E são infelizes, porque;
A ASPP/PSP afirma dificuldades ao nível do efetivo (escassez, envelhecimento, doença, trabalho suplementar, cansaço, desmotivação e incapacidade operacional), o MAI, sem respostas ou soluções, sempre vai renovando o discurso do assistencialismo (alojamento, protocolos) ou com aumento de trabalho extra, em serviço remunerado.
Responde ainda com retificações salariais redutoras, face à profissão e face às condições do custo de vida, aplicando o resultado obtido nas negociações do regime geral, numa realidade de uma carreira especial.
A ASPP/PSP evidencia a falta de atratividade da PSP, o aumento de pedidos de abandono da PSP de muitos profissionais e o doentio barramento da pré -aposentação, o MAI ignora e insiste na narrativa do assistencialismo e medidas avulsas.
O MAI invoca constantemente 607 milhões do plano de Infraestruturas e equipamentos, mas as esquadras, serviços, equipamentos, viaturas estão, não só em termos de manutenção, um caos, colocando-se a dúvida onde param as verbas.
O MAI anuncia aumentos salariais de 20% que não se concretizaram e numa clara provocação aos polícias que atravessam dificuldades “hoje”, para cumprir as suas responsabilidades com o seu imóvel, educação dos seus filhos, saúde e demais custos diários.
A PSP necessita de estabilidade dos seus profissionais para o exercício de uma missão cada vez mais exigente, arriscada, complexa e escrutinada.
O MAI invoca aumento no suplemento de risco, quando os cerca de 68 euros atribuídos foram um insulto aos profissionais da PSP.
Entre outros…
A ASPP/PSP reitera, os passos dados pelo MAI são curtos e não acertam no alvo (problema).
Não há candidatos à PSP, há polícias do ativo a querer abandonar e os que devem sair para a pré-aposentação são impedidos de sair.
As esquadras estão desfalcadas de efetivo, coloca-se em perigo os polícias, coloca-se em causa a saúde dos polícias, os comandantes não conseguem gerir, a incapacidade de resposta na prossecução do interesse público é gritante, insiste-se no trabalho suplementar e privado, descurando-se dessa forma o estatuto profissional.
O MAI pode insistir em anúncios e pode perpetuar a sua narrativa que será interessante politicamente, mas não está a responder às necessidades dos polícias e da PSP.
Os polícias (TODOS) sabem isso, o MAI deve auscultar e perceber a realidade.
A ASPP/PSP irá tudo fazer para que o MAI possa assumir a realidade e para que sejam dadas respostas efetivas e concretas.
Isso passa por dignificação salarial, condições de trabalho e respeito pelos direitos.
Isto não é chantagem, nem ultimato, isto é sim, a necessidade que determina respostas a uma realidade que o MAI não quer ver, ou se vê, finge resolver…
OBS: Curso a decorrer 582 presentes (sem contar com as reprovações), seria para 1020.
Bolsa de recrutamento em vigor, com pouco mais de 1000, faltando realizar cerca de 7 etapas do processo de candidatura.
#ASPP