A 3 de outubro participei como convidado na Cerimónia de Encerramento dos cursos de novos agentes e chefes da PSP.
Antes de mais desejar as maiores felicidades a todos os que terminaram estes cursos e que iniciam as suas funções policiais, como agentes e como chefes de polícia.
Ao contrário do que muitos possam pensar, aqueles que muitas vezes expõem e denunciam os problemas que assolam a Instituição e os seus profissionais, fazem-no porque também vibram ao toque do Hino Nacional, arrepiam-se nas devidas homenagens aos camaradas que tombaram, emocionam-se ao assistir a momentos de juramento e testemunhos.
Por essa razão, também se sente a responsabilidade de lutar pela melhoria da condição sócio profissional dos polícias, pela melhoria do funcionamento da PSP, para que a sua imagem e a missão policial cumpra o seu papel junto das populações.
Mas como em tudo na vida, para um lado bom, há sempre um lado menos bom, e se esta cerimónia demonstrou uma vez mais, a nobreza e elevação da PSP, por outro lado, percebe-se e sente-se que nem tudo são rosas, o taticismo, incoerência e a hipocrisia são parte integrante das Instituições, quando estas têm indivíduos com interesses, objetivos e ADN diversos.
A consciência de que pela luta séria e sincera se garante a melhor defesa do coletivo e das próprias Instituições, é algo que será sempre uma tarefa árdua, mas será sempre o caminho dos que acreditam nos valores que defendem e não tanto na demagogia.
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, no jornal “Correio da Manhã”. 11.10.2023