A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) compareceu hoje no MAI, conforme convocatória, para uma reunião agendada pela Sra. Ministra da Administração Interna.
Representando o Governo a Sra. Ministra, Margarida Blasco, os secretários de Estado Dr. Telmo Correia, Dr. Paulo Ribeiro, Dra. Marisa Garrido e ainda o Chefe de Gabinete da MAI, Dr. José Gonçalves. Marcaram presença os sindicatos com representatividade.
Pela ASPP/PSP o seu Presidente Paulo Santos, o Vice-presidente Miguel Neto e o Dirigente Joel Araújo.
A Sra. Ministra abriu a reunião fazendo uma referência ao modelo em que inicialmente estava pensado para a negociação, como não indo ao encontro dos polícias, pelo que iriam adotar um modelo em que se garante a manutenção do Suplemento das Forças de Segurança (20% da remuneração base de cada elemento), havendo uma valorização da componente fixa de risco (atualmente
de 100€). Com base nesta alteração, antes de avançar com qualquer valor quis ouvir a opinião dos representantes presentes.
O Sr. Secretário de Estado do MAI, Dr. Telmo Correia, interveio e apresentou os motivos pela qual se alterou o modelo, nomeadamente que haveria pessoas que iriam perder dinheiro, porque um suplemento de valor igual para todos é diferente de um aumento igual para todos, igualdade essa garantida com este novo modelo.
Quanto ao modelo (novo), o Presidente da ASPP/PSP referiu que havendo uma proposta da plataforma cuja forma de atribuição assenta nesse mesmo modelo, obviamente teria que concordar com o mesmo, mas que importante seria saber o valor, pois é urgente valorizar os polícias, na medida em que o estado da polícia atual já é insustentável e, por isso, é preciso trabalhar a atratividade, aspeto para o qual contribui significativamente uma melhoria salarial relevante.
Nesse mesmo sentido, lamentou ainda a preponderância aparente do Ministério das Finanças em relação ao Ministério da Administração Interna, o que não aproveita as soluções para os reais problemas da polícia, situação que se lamenta profundamente.
No seguimento da reunião, foi então apresentado pelo MAI, o valor a 187€ a somar aos 100 euros da componente fixa do suplemento de risco, valor que o Presidente da ASPP/PSP considerou insuficiente e longe das espectativas dos polícias, portanto dos valores propostos pela ASPP/PSP e plataforma.
Após diversas estruturas sindicais intervirem, a Sra. Ministra confirmou a nova reunião para o dia 03 de junho.
A ASPP/PSP fez questão de tomar novamente a palavra, voltou a referir que os 187 euros é um valor manifestamente baixo e,
neste contexto, irá reunir no seio da plataforma no sentido de definirem as próximas ações a levar a cabo.
Face aos desenvolvimentos da reunião, nomeadamente a definição do modelo que servirá de base à valorização salarial em causa, a ASPP/PSP considera que encontram-se agora sim, reunidas as condições para que se negoceie verdadeiramente, na medida em que agora apenas estão em causa os valores e a forma como irão ser atribuídos no tempo.
A Direção da ASPP/PSP