Em novembro de 2022, um consórcio de jornalistas, divulgou um trabalho que na altura se dizia envolver, perto de seiscentos polícias, pela prática de crimes de ódio nas redes sociais.
Na altura, como em tantas outras, tal notícia deu origem a turbulência e comentários depreciativos sobre instituições e profissionais de enorme reconhecimento, em concreto, da Polícia de Segurança Pública.
A própria 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, pioneira e maior estrutura representativa de polícias, viu também o nome de alguns dos seus dirigentes, alvo dessa calúnia, de forma totalmente descabida, face aos valores e princípios ético-morais e inclusive intervenção social dos visados.
Recentemente, a IGAI, concluiu, no âmbito desse processo, dos cerca de seiscentos suspeitos, a abertura de treze processos disciplinares, tendo sido punidos oito profissionais.
Ou seja, num universo de cerca de 20.000 polícias foram considerados SUSPEITOS cerca de 600 e desses, 13 processos disciplinares e 8 com punição.
Após a divulgação do resultado desse relatório da IGAI, a Sra. Inspetora Geral da Administração Interna, deu uma entrevista à TSF, onde, entre algumas considerações, não deixou de dar nota que existirão também responsabilidades no atual estado da situação, por parte dos comandantes. Isto motivado pela ausência de intervenção em eventuais comportamentos em apreço.
Esta consideração da IGAI causou-nos muita estranheza, pela simples razão de ser do conhecimento da Senhora Inspetora, as condições em que o exercício de comando é levado a cabo, nomeadamente em relação às inúmeras acumulações de funções, muitas delas humanamente impossíveis de assumir, às inúmeras determinações e diretivas que condicionam a ação de comando e a ausência generalizada de chefias intermédias!
Inclusive, a 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 oficiou à IGAI e à DNPSP com um exemplo específico e inaceitável, onde uma subcomissário comandava 6 esquadras, ofício a que as entidades destinatárias fizeram como sempre, e aos costumes disseram nada.
Da mesma forma, a 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 tem afirmado que a ausência de resposta a problemas graves e que se agudizam a cada dia que passa, e que culminam numa desmotivação gritante, as injustiças criadas pela incapacidade de resposta operacional está a empurrar os profissionais para um “burnout” coletivo e sobre isto, nada se resolve e tudo se agrava.
Ainda assim, os polícias representam uma “floresta” que tem permitido que as populações possam manter-se seguras e em convivência de paz e tranquilidade públicas.
Como tal, a 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 vem repudiar totalmente a forma como a peça jornalística do Consórcio foi realizada, numa especulação e generalização ingrata para com milhares de profissionais que todos os dias, em contextos difíceis, complexos e exigentes, levam a cabo uma missão nobre.
Vem ainda afastar as acusações absurdas a dirigentes da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, os quais demonstram estar acima de qualquer suspeita e que pelo seu percurso, traduzem um quadro de valores e princípios imbuídos de democracia, tolerância e cidadania.
A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, para além de se encontrar a ponderar outro tipo de reações, espera que em Portugal impere, também para os polícias, a presunção de inocência e abomina tentativas de acusação públicas, fúteis e propositadas, com o intuito de colocar em causa, a imagem de profissionais que merecem respeito.
A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 combaterá a especulação, preferindo sim, a factualidade, prova e aplicação de penas nessa base, e não em julgamento jornalístico/popular.
A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 criticará sempre, o oportunismo político para desvio de atenções, e exigirá sempre a resolução dos muitíssimos problemas existentes na PSP e que se agudizam por incompetência política dos sucessivos governos.
A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 critica e criticará a forma enviesada como instituições e responsáveis políticos ou outros, pactuam ou promovem agendas erradas, tais como, uma generalização absurda de que os polícias são racistas, xenófobos, essa visão apenas reforça o desânimo e desmotivação dos profissionais e protege os suspeitos…
A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 apela ainda à cautela nas declarações de responsáveis, em que a responsabilidade das mesmas deixa muito a desejar mostrando um caminho dúbio em direção à verdade e à justiça.
A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 reitera que, a PSP contempla um conjunto de instrumentos de escrutínio, para os pontuais problemas que mantém, que muitos outros não têm e assume que os polícias evidenciam um altruísmo e dedicação à sua missão, que deveria ser considerado por aqueles que de forma injusta lançam ataques levianos e ofensivos.
A Direção da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏