𝗩𝗜𝗩𝗔 𝗔 𝗔𝗦𝗣𝗣/𝗣𝗦𝗣!
𝐂𝐚𝐫𝐨𝐬,
Começo por cumprimentar os presentes e agradecer a disponibilidade para assinalarem o episódio que aqui nos trouxe.
Hoje comemora-se uma vez mais, uma data marcante e importante na vida dos polícias, na sociedade portuguesa e indiscutivelmente determinante no exercício dos direitos dos profissionais da Polícia de Segurança Pública.
Se há uns anos um conjunto de polícias se disponibilizou para enfrentar uma luta difícil, fê-lo com a consciência dessa necessidade e cientes das dificuldades que iriam enfrentar numa sociedade já livre, mas numa Instituição ainda refém de uma cultura hostil aos valores da liberdade e da participação ativa dos seus profissionais.
𝗛𝗼𝗺𝗲𝗻𝗮𝗴𝗲𝗺
Desta feita, deixo uma palavra e uma sincera homenagem a todos que se envolveram de forma mais assumida e visível, mas a muitos outros que tiveram também um papel muito importante, para que a liberdade fosse uma realidade também na PSP.
Uma referência também a todos que apoiaram a nossa luta, sendo externos à Polícia de Segurança Pública, mas próximos nos valores que nos moviam e que muito contribuíram para a libertação de conceitos e ideias erradas e atentados ao exercício da liberdade de expressão. Aqui, incluo obviamente o Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia, pela importância e apoio que deram à ASPP/PSP e que ajudou em muito à conquista do sindicalismo policial, assim como, a Sindicatos e outras estruturas.
𝗣𝗲𝗿𝗶𝗴𝗼𝘀
Recordar o célebre episódio dos Secos e Molhados é recordar os que estiveram do lado certo, mas é também não nos esquecermos dos que se encontravam do lado oposto, esses, com responsabilidades políticas e responsabilidades na Polícia de Segurança Pública. E não nos devemos esquecer, desde logo, porque o perigo que apresentavam, pode não ter desaparecido, e cada vez mais se sentem ventos que demonstram essa perpetuação. Refiro-me aos que de forma sofisticada pretendem, como sempre pretenderam, anular a capacidade de intervenção dos legítimos representantes dos profissionais da PSP, através de mensagens mais simplistas, oportunistas e simpáticas, mas cujo objetivo será a domesticação de um povo cansado de constantes más políticas e mais permeáveis a essa investida.
É essa atenção que todos devemos ter, é a consciencialização que se impõe como imprescindível para que não nos deixemos arrastar em areias movediças. Isto é também defender os valores implícitos, na luta conhecida pelos Secos e Molhados.
Devemos muito aos que lutaram e apoiaram a liberdade, a democracia, a conquista de direitos, a permanente e constante luta pela melhoria das condições de vida dos polícias, por uma melhor segurança pública, por uma polícia democrática e ao serviço das populações, enquadrada pela Constituição da República Portuguesa e com o reconhecimento que acreditamos a PSP e os policias granjeiam na sociedade.
A ASPP/PSP foi na década de 1980 importante para essa conquista, como o foi posteriormente, na permanente manutenção da luta, com responsabilidade, seriedade e credibilidade com que sempre agiu. Será também, na manutenção desses valores, no futuro, o espaço certo de representação dos polícias.
𝗔𝗹𝗲𝗿𝘁𝗮
Durante muitos anos fomos confrontados com divisionismo com o único objetivo de enfraquecimento da ASPP/PSP, divisionismo esse que chegou ao cúmulo de descredibilizar o movimento sindical na PSP, mas há responsáveis por isso ter acontecido.
Terminada essa fase, surgem movimentos que, com um diagnóstico correto e um diagnóstico que muitas vezes identifica problemas que a ASPP/PSP identifica há muitos anos, mas movimentos esses que demonstram vontade de seguir por caminhos sinuosos e perigosos, o que nos leva a questionar qual o objetivo a atingir.
Já para não falar dos aproveitamentos políticos e agendas hipócritas que também apenas servem para descredibilizar uma história, um projeto, e um processo de luta a que se chama ASPP/PSP.
Aquilo que se pretende em respeito por 1989, e por toda a luta desenvolvida, é que exista efetivamente uma consideração por aqueles que são os legítimos representantes dos profissionais da PSP, por aqueles que sempre evidenciaram estar nos processos de forma séria e sincera, por aqueles que sempre tiveram mais responsabilidade que muitos outros que por ação ou omissão abriram caminho à criação de falsos defensores de causas nobres.
𝗥𝗲𝘀𝗽𝗲𝗶𝘁𝗼
Respeitar a história e a nobreza de valores como a solidariedade, a intervenção cívica ou social, respeitar o legado e a luta da ASPP/PSP, é defender os valores com seriedade, com honestidade e com convicção, e não com demagogia, populismo, com agendas pessoais ou com a radicalização inconsequente. Esta crítica que aqui se assume, aponta para um conjunto de intervenientes dos mais variados espectros supostamente ideológicos, os quais deturpam completamente aquilo que deve ser a lúcida, consciente e sincera luta dos polícias.
E não, os promotores dos Secos e Molhados, não foram extremistas ou radicais, foram sim, destemidos e irreverentes, mas muito lúcidos e conscientes da luta que travaram, porque tinham a necessária consciencialização e uma visão bem estruturada.
É isto que pretendemos, é o reconhecimento da importância de um sindicato forte e responsável, sério e consequente, com uma visão clara do caminho e do objetivo, sem distrações por tentativas de colagens ou por rótulos que sustentem agendas várias.
𝗥𝗮𝘇𝗮̃𝗼 𝗲 𝗰𝗼𝗲𝘀𝗮̂𝗼
A atual Direção da ASPP/PSP assentou a sua campanha numa ideia a qual designamos “razão e coesão” e é exatamente isto que se pretende, ter a razão do nosso lado, porque estamos do lado certo e temos também muitas razões para continuar a nossa luta, e a coesão, pois se todos estivermos unidos e coesos, estaremos certamente mais robustos para lutar pelos nossos direitos, para não nos deixarmos levar por caminhos perigosos, errados e termos a necessária consciencialização da luta como arma de defesa por melhores condições, por uma melhor polícia e por um serviço de qualidade às populações.
Iremos continuar a celebrar os Secos e Molhados, iremos continuar a lutar pela defesa dos direitos dos polícias, da forma que sempre se fez na ASPP/PSP, iremos continuar a respeitar os nossos antecessores, iremos continuar a combater quem nos pretende enfraquecer e queremos ser os interlocutores dos polícias (agentes, chefes e oficiais) junto das instâncias governativas, legislativas e todas as que têm responsabilidade de gerir a Polícia de Segurança Pública.
Iremos também continuar a nossa luta por aquilo em que acreditamos, mas não permitiremos que nos rotulem como algo que não somos, e a prova disso é esta celebração, a prova disso é recordar a história, a prova disso é perspetivar o futuro, não perdendo e não esquecendo o passado.
𝗩𝗶𝘃𝗮 𝗮 𝗔𝗦𝗣𝗣/𝗣𝗦𝗣
𝗣𝗮𝘂𝗹𝗼 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀, 𝗽𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗔𝗦𝗣𝗣/𝗣𝗦𝗣