A Direção Nacional da PSP emanou recentemente dois Despachos que alteram as matrizes de horários e ainda a atribuição do suplemento de piquete.
Já se percebeu que o trabalho suplementar na PSP é ilegitimamente pago, sempre numa perspetiva da superioridade dos interesses do serviço, em relação aos direitos e interesses dos polícias.
“𝑪𝒉𝒆𝒈𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒂𝒒𝒖𝒊, 𝒔𝒆 𝒋á é 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒂𝒏𝒉𝒐, 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂, 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒂𝒍𝒕𝒆𝒓𝒂çõ𝒆𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒗𝒐𝒄𝒂𝒎 𝒑𝒓𝒆𝒋𝒖í𝒛𝒐 𝒏𝒐𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒇𝒊𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔…”
Nesses diplomas agora em vigor, cuja negociação foi aligeirada, estão consagradas regras que apenas são possíveis de concretizar, caso sejam infringidas, ou seja, foi feito o Despacho, mas a sua aplicação bloqueia o funcionamento da PSP.
Chegados aqui, se já é estranho, mais se torna, quando estas alterações provocam prejuízo nos profissionais, os quais são confrontados com as pressões intermédias, que os colocam a trabalhar de borla, pois, é já também um “habitué” pressionar para baixo, ao invés de alertar para cima.
O que está na base dos Despachos é uma aplicação de matrizes de horários que não respondem ao necessário, ignorando a realidade de cada local/serviço, colocando os polícias em trabalho suplementar, apesar de ordinário, mas recorrendo ao pagamento de algo que tem na sua essência “serviço extraordinário”…ou então, face à insuficiência de efetivo, colocar os polícias a trabalhar mais e por menos…
Até os próprios Comandantes lamentam a dificuldade de gestão com estas normas e matrizes, mas …
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã