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O Serviço de Assistência na Doença na PSP é algo que tem sido atacado de forma inqualificável.

Sabemos bem que a perspetiva privada em qualquer área tem como pressuposto a obtenção de lucro, mas com a saúde de profissionais que desempenham uma missão tão exigente e com especificidades laborais com repercussões de saúde graves e delicadas, entendemos que tal matéria deveria ser devidamente tratada.

“𝑺𝒆𝒎 𝒅ú𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒐 𝑺𝑨𝑫/𝑷𝑺𝑷 𝒕𝒆𝒓á 𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓𝒂𝒅𝒐, 𝒑𝒐𝒓 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂 𝒂 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓 à𝒔 𝒏𝒆𝒄𝒆𝒔𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔 𝒅𝒐𝒔 𝒃𝒆𝒏𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊á𝒓𝒊𝒐𝒔 𝒆 𝒅𝒂 𝒔𝒂ú𝒅𝒆 𝒐𝒑𝒆𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍…”

Obviamente que a entrada destes atores (privados) na assistência na doença na PSP, reflete também uma realidade global, assim como, as opções políticas tomadas e a resignação das várias direções nacionais, face à desigualdade negocial de forças, estão na base deste ataque, mas não deveremos permitir o constante bluff, pressão e arrogância negocial, ainda que de forma paulatina e dissimulada, contra a manutenção de uma assistência médica robusta, equilibrada, solidária e com capacidade de resposta célere e territorialmente alargada.

Mais grave tudo se torna, quando os beneficiários dessa assistência (os polícias), face ao ataque com que a mesma se confronta, acabam por ser arrastados para visões prejudiciais para eles próprios, levando-os a acreditar que seguros de saúde serão a resposta às suas necessidades…

Mas sem dúvida que o SAD/PSP terá de ser melhorado, por forma a melhor responder às necessidades dos beneficiários e da saúde operacional, mas tal desígnio não se atinge, anunciando e defendendo a sua morte…


Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã