Aproxima-se o 33.°Aniversário do famigerado episódio dos “Secos e Molhados”.
Em 1989, já com alguns anos de democracia no país, a PSP vivia uma cultura do passado, a qual colocava os polícias como cidadãos de segunda.
Em 21 de abril desse mesmo ano, e após muitas movimentações anteriores dos polícias inconformados com o estado da situação, espoletou-se uma manifestação que culminou numa triste investida de polícias sobre polícias, que envergonhou o país, quer interna, quer externamente.
Volvidos 33 anos após esse episódio, o qual demonstrou o quão importante era a necessidade de lutar, para que os polícias fossem respeitados e encarados como cidadãos, também será importante reforçar a necessidade de continuar a luta, pois o processo não culminou na plenitude.
𝐀𝐫𝐫𝐨𝐠â𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬
Da mesma forma, se há 33 anos atrás o clima era de arrogância política, hoje, essa arrogância poderá até encontrar-se dissimulada, mas face aos ataques praticados nos últimos anos nos direitos dos polícias, constata-se que ela existe, sendo que, à semelhança de 1989, é muitas vezes partilhada com quem superintende a PSP.
Da nossa parte “ASPP/PSP”, tal como em 1989, continuaremos a lutar na defesa dos direitos dos polícias, apontando obviamente a nossa intervenção aos responsáveis políticos, não descurando aqueles que não sendo responsáveis políticos, por ação ou omissão, atentam contra a dignidade dos polícias.
A ASPP/PSP não deixará obviamente de celebrar em 2022, o triste episódio que muitos fingem desconhecer…
Crónicas assinadas pelo presidente da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, Paulo Santos, no jornal “Correio da Manhã”.