𝐍ã𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨
Na PSP foram precisas muitas lutas e muitos anos para que a folga semanal fosse uma realidade, aliás, uma conquista efetiva do processo de luta dos polícias.
A folga pressupõe a recuperação após um ciclo de trabalho, por forma a estabilizar um profissional no sentido de iniciar novo ciclo de trabalho, mais relevante numa profissão tão desgastante, exigente e complexa.
Mas a ausência de efetivo e a má gestão do mesmo, juntamente com a paulatina, mas silenciosa privatização da PSP, faz com que os polícias estejam a perder este direito elementar.
“𝘼 𝙙𝙞𝙨𝙥𝙤𝙣𝙞𝙗𝙞𝙡𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙥𝙚𝙧𝙢𝙖𝙣𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙣ã𝙤 𝙛𝙤𝙞 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙞𝙨𝙩𝙤 …”
Todos parecem ganhar. Os polícias compõem o seu parco salário ao realizar os chamados serviços remunerados (encontrando-se disponíveis ou não), os comandantes colmatam as suas necessidades (suprimindo constantemente um direito elementar), a Direção Nacional da PSP como sempre, assiste impávida e serena aos atropelos e o MAI retira louros, pois os polícias estão na rua a dar resposta e pouco importa em que regime, pois a farda é a mesma…
Mas ganharão mesmo todos?
Quem não descansa?
Quem perde as folgas? Quem não está com a família?
Quem é o alvo da má política de gestão?
Quem compromete a sua saúde? O seu futuro? Os seus direitos?
A disponibilidade permanente não foi para isto…
O interesse público não é para isto…
Não pode valer tudo…
Crónicas assinadas pelo presidente da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, Paulo Santos, no jornal “Correio da Manhã”.