No dia 10 de agosto faleceu o general Almeida Bruno, militar referenciado, condecorado e com um percurso militar importante.
Endereçamos obviamente as condolências à sua família e amigos.
O general Almeida Bruno foi comandante geral da Polícia de Segurança Pública, entre dezembro de 1980 a dezembro de 1986.
Esse seu comando ficou marcado pela aversão à ideia de sindicalismo na PSP e a um conjunto de ações, que fizeram mossa na vida de muitos que lutavam pela liberdade e por direitos na Instituição PSP.
𝐏𝐞𝐫𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢çõ𝐞𝐬 𝐞 𝐥𝐮𝐭𝐚
Se na década de 1980 já se respirava liberdade na sociedade portuguesa, na PSP ainda se sentia um clima do passado, e Almeida Bruno, com as perseguições que moveu, como, por exemplo, ao comissário Santinhos e ao agente Cunha, evidenciou o quão difícil foi a luta por uma PSP democrática, livre e com direitos.
Após várias referências e enaltecimento, no seguimento do seu falecimento, não podíamos deixar de referir que, o general Almeida Bruno está na história da luta dos polícias, como alguém que muitos danos provocou e foi um obstáculo à consagração de direitos sindicais, à luta por melhores direitos, mas também foi o mote para que a luta se fizesse cada vez mais, de forma sentida, necessária e afincada.
A história é a história e cá estaremos nós (𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏), para não a fazer esquecer e continuar a luta para que outros “mesmo que dissimulados” não consigam voltar aos tempos do passado…
Crónicas assinadas pelo presidente da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, Paulo Santos, no jornal “Correio da Manhã”. 17.08.2022.