Quando há 30 anos decidi ingressar na Polícia de Segurança Pública, criei uma estrutura forte para “carregar” duas famílias, a tradicional, também conhecida por nuclear, e a profissional. Acreditei nas minhas capacidades, na instituição policial e no destino.
Talvez pela veemência da dedicação a ambas, os meus problemas pessoais e profissionais cedo surgiram.
Apesar disso, em grupo, com a união, espírito de corpo e com a iniciativa, a irreverência e a honradez que me é reconhecida, sempre dentro da legalidade e da imparcialidade, aliada a uma enorme vontade em ser um excelente profissional com “deveres especiais”, nunca abdicando da frontalidade e da lealdade, em torno de um objetivo comum, fui feliz.
𝐒𝐞𝐦 𝐦𝐞𝐝𝐨𝐬
Até que, inesperadamente, o destino decide dar-me uma valente chapada, fazendo-me sentir na pele a crueldade e a injustiça da família policial.
Foi desde então que conciliei o dever profissional com a liberdade associativa. Com ela, a liberdade de pensamento, o direito de opinião, de expressão. Reuniões, concentrações, vigílias, manifestações, sem medos.
Estive presente em todas as ações de luta da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 entre 1993 e 2019. Orgulhosamente!
E com o associativismo, surgem os olhares desconfiados, a difamação, as ameaças, a coação…
𝐍ã𝐨 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞ç𝐨!
Mas com profissionalismo, livre no meu eu, agindo e reagindo sempre consciente dos deveres, com livre arbítrio, contra tudo e contra todos, na defesa dos meus, dos nossos direitos, fui caminhando, ultrapassando obstáculo a obstáculo.
𝐄 𝐜á 𝐞𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐞𝐮,
𝐏𝐨𝐥í𝐜𝐢𝐚 Amigo, que sonha e vive, mas consciente de que o amanhã se tornará num pesadelo se nada fizermos;
𝐏𝐨𝐥í𝐜𝐢𝐚 Irmão, sempre de cabeça erguida, ainda que prestes a deixar o serviço ativo para abraçar a pré, acredita!
𝐏𝐨𝐥í𝐜𝐢𝐚 Amigo e Irmão, que ainda acredita. Se não acreditasse, não estaria aqui. Acredito no 𝐍Ó𝐒! Nunca no eles, nem no destino já traçado.
Dá o teu contributo preenchendo o inquérito. Basta seguir o link.