A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) tem reiteradamente afirmado a necessidade de uma análise cuidada e implementação de políticas que respondam às necessidades dos profissionais da polícia e do próprio funcionamento da Polícia de Segurança Pública.
Esta necessidade surge do conhecimento que temos da situação em que se encontra o desmotivado efetivo policial da PSP.
Dado o constante incumprimento do estatuto profissional da PSP, não só, mas também, na componente pré-aposentação, associado à falta de atratividade da Instituição, tal incumprimento está cada vez mais a colocar em causa a saúde dos profissionais, seus direitos elementares e capacidade de resposta às imensas solicitações.
Quem julga que os profissionais da polícia apenas vão ter as férias e folgas suspensas pela altura da Jornada Mundial da Juventude, engana-se, porque este é um hábito já normalizado.
E o Ministério da Administração Interna e a Direção Nacional da PSP vêm erradamente responder a este quadro, com uma narrativa hipócrita e irresponsável, que leva os profissionais à exaustão e doença, em troca de salários baixos, incumprimento do estatuto e pelo direito às folgas e férias, tabela de ajudas de custo desatualizada e serviços remunerados como solução para todas as insuficiências ou incapacidades operacionais e de gestão.
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, no jornal “Correio da Manhã”. 21.06.2023