Atendendo a que esta é a minha última crónica pré-processo eleitoral, quero referir a importância deste ato nas nossas vidas enquanto exercício de liberdade outrora barrado e como conduta de responsabilidade ainda hoje por muitos secundarizado.
Neste contexto, há três notas que gostaria de partilhar sobre as eleições de 10 de março: a primeira, relativa a um erro constante e que muito condiciona alguns dos eleitores – em concreto – neste dia irão ser eleitos 230 deputados e não só um 1.° ministro, isto é primordial para o devido escrutínio dos que são eleitos e que devem responder pelo trabalho feito (ou ausência dele), mas relevante também, porque condiciona os eleitores.
A segunda nota é que, apesar destas eleições ocorrerem em Portugal, parte da legislação existente é comunitária, ou seja, o que para uns são constrangimentos e para outros benefícios, advêm duma realidade europeia, afastando-nos do muito que é decidido por elites e diretórios europeus, por vezes nas nossas costas, e que deveria despoletar em nós um maior acompanhamento.
A última nota tem a ver com a apreciação de muitos ao processo eleitoral, reduzindo a sua condição de eleitor à profissional, algo que sendo compreensível é redutor, uma vez que, um médico paga a energia que consome, um profissional das finanças não só paga essa, como as despesas de educação dos filhos, um profissional das forças de segurança todas essas, mais o crédito habitação, como um arquiteto paga as portagens e as demais. A amplitude da política na nossa vida é mais relevante que as medidas sócio-profissionais ou setoriais.
Em bom rigor, as eleições que se avizinham, apesar das criticas ou imperfeições que subsistem ao sistema em vigor, é um ato de democracia participativa de enorme relevo, que deve ser levado de forma séria, desde logo, para a preservar, assim como, o escrutínio permanente aos que deveriam praticar a política como um serviço social.
Crónicas assinadas pelo presidente da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, 𝑷𝒂𝒖𝒍𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒕𝒐𝒔, no Correio da Manhã – 28.02.2024
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