
Perspectivas futuras
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Redijo esta crónica no dia em que se inicia no parlamento o debate do programa do governo.
Sobre ele duas perspectivas: quanto ao seu conteúdo para a área da segurança interna e apetrechamento da PSP, tendo como base de análise os imensos desafios colocados, diria que o programa é vago e não contempla o necessário. Isto porque, para as opções certas dever-se-á perceber o quadro real - a escassez de profissionais e de candidatos, o envelhecimento do efetivo, a constante sonegação de direitos, o alargamento de valências e a complexidade do serviço. Apesar de ambíguo, este ainda assim, refere a valorização estatutária e das carreiras. Esperamos celeridade e que se aproveite o trabalho já feito no processo negocial iniciado em julho de 2024.
Outra perspectiva: os vários papéis sociais do polícia, não só profissionalmente, mas como cidadão, com família, encarregado de educação, utente de saúde, com crédito habitação, como comprador/consumidor, entre outros contextos. Neste sentido, o programa deverá promover equilíbrios sociais e encarar as suas necessidades com justiça social. Isto porque, embora uniformizados, os polícias não deixam de ser trabalhadores assalariados.