
Inquietações
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Relembrar a quem não se esforça para entender e a quem teima em não perceber: a sociedade está impaciente. À deriva. Todos correm sem um sentido e um propósito. Tudo está extremado, inclusive os discursos que destilam ódio e "inflamam" a vida de quem os ouve, levando-os a atos radicais. Algo surreal e com tudo para dar mal.
Também na PSP, o "nervosismo" impera. São comandantes pressionados a cumprir e a decidir "sem mãos a medir" e os polícias a sentirem "no pelo" a pressão da decisão. - A escassez de efetivo, para além do avolumar de serviço, origina horários prolongados, polícias isolados, impossibilidade de recurso à bolsa de horas, folgas cortadas, férias limitadas e alteradas, carga horária multiplicada pela sequência de serviço ordinário e remunerado/privado, entre muitas outras implicações/privações.
É o "salve-se quem puder". Um declínio na qualidade de vida e na dignidade de profissionais que há muito se sentem usados e abusados.
Aos responsáveis urge perceber a realidade: onde outrora cinquenta respondiam num quadro equilibrado/desafogado, hoje, trinta não podem com recursos paupérrimos, responder a um quadro de extrema exigência e complicado.