O Mini(stério)

O Mini(stério)

A Administração Interna é uma pasta sobejamente conhecida por "queimar" quem a assume. 

Para que isso venha acontecendo, em muito tem contribuído a responsabilidade e a incumbência de executar e avaliar as políticas de segurança interna do controlo de fronteiras, de proteção e socorro, de planeamento civil de emergência, de segurança rodoviária e de administração eleitoral. 

Não julgo que para o cargo, a aposta tenha a obrigatoriedade de passar por quem conhece cada detalhe das especificidades e valências do MAI. Longe disso. Acredito sim, que a escolha deva recair em alguém com o mínimo de aptidão política, pois a sua complexidade exige o mínimo de atenção, conhecimento, sensibilidade e, imprescindivelmente, o mínimo de visão estratégica.

Por mais que me esforce, não percebo a razão para que uma pasta de extrema importância seja constantemente relegada para segundo plano. Um menosprezar bem perceptível relativamente até aos restantes ministérios, quanto às escolhas dos que lhes têm "assumido as rédeas".

Percebendo eu, de onde recai a responsabilidade por quem apostou e a quem se confiou, para a aplicação das políticas definidas, inclusive, com as imposições deixadas e a disponibilidade de quem julga ter o rei na barriga - seria importante não menosprezarem, quer um, quer outro, a situação real e apostar com humildade no reconhecimento pelos que alertam e lutam genuinamente pelos direitos dos polícias e por uma PSP capaz e funcional. 

Os polícias esperam mais, não só do MAI, mas de todo o governo, incluindo o responsável máximo do governo, que prometeu continuidade na salvação da PSP.

Paulo Santos, presidente ASPP/PSP

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